
A economia portuguesa deverá sofrer uma contracção de 2,7% em 2009, segundo o Banco de Portugal (BdP), melhorando a sua expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 0,7% desde a última previsão.
De acordo com o Boletim Económico de Outono, divulgado hoje pela instituição, o PIB deverá contrair-se 2,7% este ano, uma substancial melhoria face à contracção de 3,5% projectada no Boletim de Verão da instituição, divulgado em Julho deste ano.
A instituição liderada por Vítor Constâncio revê a generalidade das suas projecções, à excepção da inflação, que se prevê atingir os -0,9% este ano (a anterior projecção apontava para os 0,5%) e do défice externo, que deverá ser 0,3 pontos percentuais superior à anterior projecção, terminando 2009 nos
8,6% do PIB.
A estimativa para o consumo privado aponta para uma deterioração menor que a esperada, para os -0,9% (anterior projecção era de -1,8%), prevendo-se que o consumo público atinja os 2,1% em 2009 (anterior projecção era de 1%).
As exportações e as importações também deverão cair menos que o esperado, sendo que as importações (superiores em valores às exportações) devem cair 11,7% (anterior projecção apontava para uma queda de 17,1%) e as exportações 13,1% (anterior projecção era de 17,7%).
"As estimativas do Banco de Portugal apontam para uma queda do PIB em 2009 de 2,7%, após uma estagnação em 2008”.
A instituição explica que as consequências da crise financeira a nível global se agregaram a algumas fragilidades da economia portuguesa, mas que esta demonstrou "vários elementos de robustez" como a ausência de uma situação de sobrevalorização dos mercados imobiliários e uma "posição relativamente favorável do sistema bancário" português no quadro europeu.
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